sexta-feira, 23 de outubro de 2009
SAÚDE
Adeus, tristeza
Especialista alerta para risco de depressão e diz como superar o problema
Por Maria Fernanda Schardong 04/09/2009
Os números assustam. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge cerca de 120 milhões de pessoas no mundo inteiro. E não para por aí, ainda de acordo com a OMS, até o ano de 2020, a doença será a segunda causa de mortalidade em todas as faixas etárias. Entre os mais velhos, o grande vilão é o medo. Medo da morte, de não poder realizar alguns sonhos que ainda não se concretizaram. A falta de amor e afeto por parte da família também contribuem para agravar a doença nesta fase.
Além de causar danos psicológicos, a depressão pode levar à morte. Segundo a psicoterapeuta existencial e professora de psicologia da PUC - Rio, Tereza Cristina Erthal, estar alerta aos sintomas é imprescindível. “Dores no peito, angustia, desânimo, falta de apetite, falta de aprumo com o corpo, atitude negativa com tudo e com todos, baixa autoestima, transtorno de contato - dificuldade de estabelecer relacionamentos apropriados - são os principais sinais de alerta”, destaca ela.
Existem dois tipos de depressão. “É necessário diferenciar depressão endógena de exógena. A primeira tem uma base genética, familiar; a segunda é reativa a uma situação específica, que pode ser temporária. Todo o problema que encontro em meu consultório esta associado à autoimagem: se a estima é baixa, mais favorece a sintomas como os que citei anteriormente”, explica Tereza.
Ainda de acordo com a psicoterapeuta, a depressão gerada por fatores externos pode ser tratada através do uso de medicamentos. "Sempre com o acompanhamento de um profissional capacitado", pondera. Mas existem existem pequenas mudanças que, se incorporadas ao dia-a-dia, podem deixar o baixo astral bem longe, garante Tereza Cristina Erthal.
Pratique exercícios físicos
Pesquisas indicam que a depressão pode ser reduzida com a prática diária de atividades físicas, pois os movimentos aumentam os níveis de endorfina. "Vale dançar, fazer ginástica, enfim, fazer com que a pessoa depressiva se entretenha", afirma.
Tenha um hobby
Procure realizar atividades que ocupem o tempo e proporcionem prazer.
Seja sociável
Estar em boa companhia é sempre bom. Busque estar em contato com pessoas queridas, amigos e familiares.
Peça ajuda
Se você sofre de depressão, procure uma pessoa capacitada para tratar a doença. E, caso seja necessário, o profissional vai indicar o melhor tratamento.
Previna-se
Através da psicoterapia, podemos impedir que a doença apareça. Os resultados demonstram que é possível melhorar a autoestima e ajudar o doente a entender os sinais da doença.
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