domingo, 7 de fevereiro de 2010

Relógio da Luzitana desperta saudosismo

Relógio da Luzitana desperta saudosismo


Moradores da época em que o aparelho funcionava perfeitamente sentem saudade das badaladas no Centro



Adilson Camargo

Passaram-se mais de 25 anos desde que o relógio instalado no alto da Casa Luzitana parou de funcionar, mas ainda há quem sinta saudade da época em que ele orientava não somente os pedestres que passavam pela Praça Rui Barbosa e rua Batista de Carvalho como também todo o comércio da redondeza
Na semana passada, um leitor anônimo, que se autodenomina O Arauto, disse que saiu da missa na Catedral do Divino Espírito Santo e passou diante do relógio. Segundo ele, após essa passagem, foi dominado por um sentimento de nostalgia ao ver os ponteiros na mesma posição de quando deu o último suspiro, em meados dos anos 1980.
Desde então, o relógio com as 12 letras da Casa Luzitana, que substituem os números, virou mera peça de decoração no alto do prédio, na esquina da Praça Rui Barbosa com a quadra 7 do Calçadão da Batista de Carvalho

O empresário Eduardo Gebara também lembra com saudade da época em que o relógio funcionava perfeitamente. “Era uma referência para todos. Ele trabalhava direitinho. Era o nosso ‘Big Ben’”, lamenta.
Ary Nunes Garcia, 84 anos, proprietário do prédio, conta que o relógio personalizado foi feito a pedido do pai dele, o português Antônio Garcia, a um relojoeiro italiano, que morava em São Paulo. Ele conta que, na época, existia apenas o relógio da Noroeste do Brasil no Centro da cidade.
Isso se deu quando o pai dele transferiu a loja da rua Araújo Leite para a esquina da Praça Rui Barbosa com a rua Batista de Carvalho, que ainda não era Calçadão, ele permaneceu um tempo no prédio e, em 1935, mandou derrubar tudo para construir outro maior.

Assim que o novo prédio ficou pronto, o pai procurou o relojoeiro italiano e encomendou o relógio para colocar na parte externa da loja. Ary lembra que a instalação do equipamento foi um acontecimento para a época.

O aparelho funcionava à base de corda, igual aos antigos relógios de pulso e de bolso. Uma vez por sem

A maior da cidade

Numa época em que calote era uma palavra pouco usada, a Casa Luzitana reinava absoluta no Centro de Bauru. Ary Nunes Garcia, 84 anos, conta que a loja tinha cerca de 4 mil clientes de conta corrente, ou seja, que compravam com regularidade. Segundo ele, por muito tempo foi a maior loja de Bauru e uma das maiores do Interior do Estado.
Eram muitas portas que davam acesso aos clientes para os setores de eletrodomésticos, ferragens, tecidos, mercearia, etc. No auge, a loja chegou a ter três filiais, em Birigui, Lucélia e Dracena, que duraram pouco tempo.

Por ser filho único, Ary teve de deixar a promissora carreira de advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) para dar continuidade aos negócios da família. Depois da morte do pai, Antônio Garcia, em 1967, ele administrou a loja por mais oito anos. Depois disso, decidiu se aposentar.

O prédio foi repartido em espaços menores, que foram sendo ocupados por empresas dos mais diferentes ramos, tanto no térreo quanto no piso superior. Da loja histórica, só sobrou a fachada, mesmo assim com cores diferentes e toldos que não faziam parte da arquitetura original.

Lembro-me perfeitamente era uma ótima loja, sim saudades do tempo em que ela existia e que o relógio funcionava,me lembro perfeitamente ,papai (Victor Ceron ) trabalhava na JOMachado S.AEngenharia Comércio e Industria uma firma de terraplanagem ,era na parte de cima da Casa Luzitana e nesta firma papai trabalhou até a firma fechar eu ia lá quando era criança por isso me lembro muito bem...

Fogo destrói 3 hectares de vegetação entre Bauru e Agudos .

O fogo destruiu cerca de três hectares (30 mil metros quadrados) de vegetação de uma propriedade particular, intitulada Chácara Eduardo, entre Bauru e Agudos, próxima ao condomínio Recanto dos Nobres, na Rodovia Marechal Rondon. O incêndio teve início por volta das 14h de ontem e atingiu uma área de preservação permanente de mata nativa
Para atender a ocorrência, o Corpo de Bombeiros deslocou três viaturas - duas com capacidade para armazenar 10 mil litros de água e outra de 1.500 litros - até o local. As viaturas tiveram que retornar algumas vezes à cidade para reabastecimento. Além disso, a equipe formada por sete bombeiros contou com o apoio do helicóptero Águia para conter os focos de incêndio pelo ar. O Águia tem capacidade para despejar 500 litros de água e abastecia a bolsa em um açude próximo a propriedade

“Essa ajuda do helicóptero foi fundamental, pois o fogo atingiu uma área que não temos acesso por terra. Por meio dele, conseguimos conter os focos nesta região”, explica o tenente do Corpo de Bombeiro Helder Kato

A equipe do Corpo de Bombeiros demorou três horas e dez minutos para cessar o fogo. Segundo o Tenente Kato, as causas do incêndio ainda são desconhecidas. Além da mata nativa, a área atingida era formada por vegetação de cerrado.

Para um dos proprietários do local, Eduardo Tavares, o incêndio foi criminoso. “Afirmo isso porque não é a primeira vez que registramos incêndio na propriedade. Mas não tenho idéia de quem possa ter feito isso. Talvez o ato tenha sido impulsionado por inveja, não há outra explicação”, afirma.
Tavares conta que a propriedade possui oito alqueires (193.600 metros quadrados) e pertence à família há mais de 50 anos. “Meu pai começou com isso aqui. Inclusive o nome Eduardo foi em minha homenagem. Depois que ele adoeceu entregou para mim e para ás minhas duas irmãs e nós tomamos conta e cuidamos do local”, explica Tavares. “No meu ponto de vista a propriedade devia ser benzida, já que há menos de seis meses um avião caiu aqui”, acrescenta.
O proprietário se refere a queda do avião registrada no dia 12 de outubro do ano passado, quando uma aeronave de pequeno porte caiu poucos quilômetros após a decolagem no Aeroclube de Bauru. Na queda, o piloto Antônio Carlos Mendonça Campos, 53 anos, morreu