quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O maior exemplo de desapego vem das abelhas.




O maior exemplo de desapego vem das abelhas. Após construírem a colméia, abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Na VIDA DAS ABELHAS temos uma grande lição. Em geral O homem constrói para si, pensa no valor da Propriedade, tem ambição de conseguir mais bens, sofre e briga quando na iminência de perder o que "lutou" para adquirir.
"Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros..." Assim, não pode haver paz uma vez que pensamentos e sentimentos formem uma tela prendendo o ser ao que ele julga sua propriedade. Essa teia não o deixa alçar vôo para novas moradas. E tal impedimento ocorre em vida ou mesmo após a morte, quando um simples pensamento como "Para quem vai ficar a minha casa?" é capaz de retê-lo em uma etapa que já podia estar superada. Ele fica aprisionado a um plano denso, perde oportunidades de experiências superiores.
Para o homem, tirar a vida de animais e usá-los como alimento é normal. Derrubar árvores para fazer conservas de seu miolo, também. Costuma comprar o que está pronto e adquirir mais do que necessita. Mas as abelhas fabricam o próprio alimento sem nada destruir e, ainda, doam a maior parte dele.
A lição das abelhas vem do seu espírito de doação. Num ato incomum de desapego, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente o soltam, sem preocupação se vai para um ou para outro. Deixam o melhor que têm, seja para quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou de dirigir a doação para alguém da nossa preferência.
Se queremos ser livres, se queremos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar em nós um único desejo: o de nos transformar. O exercício é ter sempre em mente que nada nem ninguém nos pertence, que não viemos ao mundo para possuir coisas ou pessoas, e que devemos soltá-las. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. Adquirimos visão mais ampla.
O sofrimento vem quando nos fixamos a algo ou a alguém. O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. E se não abrimos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?

Fonte: Boletim de SINAIS - nº 6 - Figueira




Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.
então, não é um modo de agir, mas um hábito.
(Aristóteles)



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domingo, 25 de outubro de 2009

Estresse positivo






Aprenda a tirar o melhor das situações difíceis

Por Maria Fernanda Schardong 18/09/2009

Muito se fala sobre estresse, principalmente sobre seus aspectos negativos. Entretanto, poucos se dão conta que uma situação estressante também tem seu lado positivo. Aprender a lidar com situações ruins fortalece o lado emocional e nos torna mais resistentes para lidar com o lado negativo dos acontecimentos do dia-a-dia. E da vida.
Não há como prever. Situações estressantes geralmente nos pegam de surpresa. Mas é a forma como reagimos a elas que poderá garantir um saldo positivo no final das contas, dizem especialistas.
Para o mestre em Psicologia Raphael Fischer, o primeiro passo é identificar o tipo de estresse, que podem ser duas ordens: internos ou externos. Os primeiros estão ligados aos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Já o estresse externo é involuntário, pois está vinculado a situações imponderáveis, como doenças na família, mortes de pessoas queridas, perda do emprego e separações, por exemplo.
Se alguma coisa o irritou, seu chefe não cansa de sobrecarregá-lo no trabalho, o casamento vai mal, o psicólogo ddiz que é preciso deixar a emoção de lado e ser mais racional. É o que pode amenizar um pouco as coisas. “Procure interpretar as situações de forma racional. Não se irrite com a sua própria irritação. Não fique com raiva de si mesmo. Aceite a si mesmo e ao outro de forma incondicional”, aconselha ele.
Mesmo em situações ruins, que causam sofrimento e dor, é possível ver o lado positivo. Raphael explica que o estresse é dividido em fases, e, dependendo do estágio, pode ser saudável. “A primeira fase, que se chama Alerta, é fundamental para a nossa sobrevivência. Nos enche de energia, motivação e disposição para enfrentarmos as dificuldades. O importante é reconhecer seus limites e não ultrapassá-los”, ressalva ele.
Outro fator fundamental para enfrentar situações estressantes é o apoio social. Ao identificar a necessidade, pedir ajuda, recorrer aos amigos e parentes são atitudes que só trazem benefícios. “O suporte social é fundamental para lidarmos com qualquer dificuldade, pois nos ajuda a lidar com os problemas de uma forma menos sofrida. Sabemos que algumas pessoas têm dificuldades para pedir ajuda, pois temem parecer fracas. Porém, essa atitude gera mais dor e sofrimento”, finaliza o psicólogo. É preciso coragem.

ATITUDE POSITIVA

Interessante! Já estamos desenvolvendo esse raciocínio em nossas exposições doutrinárias no nosso núcleo religioso. O "Mestre Jesus" já recomendava Faça ao teu próximo, o que queres que êle te faça! Ou seja gentileza, gera gentileza.



Gentileza gera saúde
Ser gentil faz com que o corpo, a mente e o espírito sintam-se bem


Por Sâmia Aguiar Brandão Simurro*

Não é mais possível compreender a saúde, sem considerar a influência de fatores psicossociais e espirituais. Não considerar esse contexto é correr o risco de cair num reducionismo exagerado, que compromete a compreensão ampla e necessária do significado de saúde e bemestar. Embora isso aumente significativamente a complexidade do assunto, é preciso correr o risco de cair em caminhos incertos e insatisfatórios em busca de explicações mais convincentes e de intervenções mais eficientes do que as que se dispõe atualmente.
A doença representa um desequilíbrio e possui sempre múltiplas causas. Ao adoecer, o indivíduo mobiliza a mente, o corpo e o espírito. Essa íntima relação já é consenso entre os pesquisadores e tem influenciado, enormemente, tanto a forma de se promover saúde e bem estar das pessoas, como no tratamento.
Uma das recentes conclusões, é que os atos de gentileza fazem com que o corpo, a mente e o espírito sintam-se bem. Isto não é apenas uma inferência, mas sim uma constatação científica, que é explicada pelo fato de que, as atitudes gentis permitem a liberação de endorfinas no corpo, capazes de provocar no indivíduo uma sensação de alegria, que pode se transformar em calma e bem estar posterior. Quanto gentil e solidário com outras pessoas, mais benefícios e saúde você tem. Ser gentil faz bem para o corpo e faz bem para a mente.
A gentileza é algo difícil de ser ensinada e vai muito além das palavras de educação. Ela é difícil de ser encontrada, mas fácil de ser identificada, e sempre acompanha pessoas generosas e desprendidas, que se interessam em contribuir para o bem do outro e da sociedade. É uma atitude desobrigada, que se manifesta nas situações cotidianas e das maneiras mais prosaicas.
Gentil é aquele que contribui para que o ambiente em que ele vive seja mais harmonioso. Ele possui, de forma espontânea, habilidades sociais desenvolvidas e adequadas. Gentileza é generosidade, altruísmo, solidariedade, interesse pelo outro, oferecer amizade, retribuir gentilezas, promover cortesia, conjugar o ensinar, o sorrir e contribuir para o outro sorrir.
As atitudes que tomamos no dia a dia têm impacto em nosso corpo, e os atos de gentileza reduzem o stress, melhorando a saúde das pessoas. Para ser saudável, além dos cuidados com o estilo de vida e bem estar pessoal, deve-se desenvolver em si mesmo a gentileza e solidariedade.
As empresas, preocupadas com o stress, a saúde e o bemestar de seus funcionários, começam a estimular as práticas de gentilezas no ambiente corporativo. A preocupação com a responsabilidade social, o incentivo ao voluntariado e a preocupação com a postura ética, são alguns exemplos desta tendência. Hoje se sabe que, ao encorajar a prática de atos de gentilezas nas relações sociais e nas empresas, cria-se uma at mosfera mais harmoniosa e saudável nos ambientes.
*Sâmia Aguiar Brandão Simurro é mestre em Psicologia na área de Neurociências e Comportamento (USP). Pós-graduada Latu Senso em Psicologia da Saúde e Hospitalar (PUC/SP). Especialista em Stress pelo Instituto Paulista de Stress, Psicossomática e Psiconeuroimunologia e sócia Diretora da Empresa SÊR - Serviços de Psicologia. Consultora em programas de Qualidade de Vida e Stress.

*Texto gentilmente cedido pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida