sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SALVE O MEIO AMBIENTE

..:: Sacolas Retornáveis ::..






Entramos em um novo século, o mundo está mudando, os recursos naturais estão ficando escassos para a demanda humana no planeta.
Todos deveram pensar em responsabilidade ambiental e iniciar a mudança, alterar os padrões de produção e consumo para padrões sustentáveis ou nossos descendentes serão penalizados pelo nosso estilo de vida.
Se todos os humanos consumissem tanto quanto os norte americanos, precisaríamos de 4 planetas para produzir tudo o que eles consomem.
Podemos constatar que os peixes estão acabando, as áreas agricultáveis estão diminuindo por causa da seca causada pelo efeito estufa gerado pela poluição humana.
Visando a diminuição do impacto ambiental causado pelos plásticos, que demoram até 500 anos para se de compor, A ONG – BEM ME QUER ESPERANÇA o projeto sacolas ecológicas em 2011 e tem como principal objetivo a mudança do uso das sacolas plásticas convencionais, distribuídas principalmente por supermercados e lojas, por sacolas oxi-biodegradáveis e sacolas retornáveis.
O que é oxi-biodegradável?
É o processo de degradação do plástico onde utiliza aditivos para acelerar a degradação, contando com auxilio do oxigênio, da temperatura e de processos mecânicos, como vendo, chuva, etc.
Este plástico aditivado não precisa de um ambiente biologicamente ativo. Mesmo estando em cima de uma arvore, este plástico irá se degradar.
Ao contrário do plástico oxi-biodegradável, o plástico biodegradável feito a partir de produtos orgânicos, tem que estar em ambiente biogicamente ativo para se degradar.
Este ambiente pode ser uma compostagem por exemplo. Caso este saco plástico biodegradável esteja em cima de uma arvore, vai demorar o mesmo tempo que o plástico convencional para se degradar.
O plástico oxi-biodegradavel agride menos ao meio ambiente, pois diminui o tempo de vida útil para no máximo em 18 meses, evitando a poluição nos fundos e vales, córregos, rios, lagos e finalmente nos oceanos.
Ao longo dos anos vem se acompanhando uma elevação desenfreada na demanda de utilização de embalagens plásticas de uso único, causando uma mudança nos hábitos de consumo em função de seu baixo custo – há poucas décadas cada consumidor levava sua sacola de pano para as compras ou colocava tudo dentro de uma caixa de papelão.
Utilizamos plásticos desde 1930 e menos de 5% de todo este plástico foi queimado, o resto está no ambiente até hoje e por pelo menos mais alguns séculos.
Existem comprovações dos efeitos letais deste material quando disposto no meio ambiente sem retorno ao processo de reaproveitamento, ameaçando a existência humana de todos os seres vivos do planeta.
Este projeto tem o objetivo de substituir progressivamente o plástico convencional nos diversos produtos onde hoje é utilizado por plásticos oxi-biodegradáveis, priorizando os plásticos de maior produção e consumo e que são considerados os maiores poluidores porque normalmente não são reaproveitados. Plásticos de uso único, como no caso das sacolas de compra que recebemos nos supermercados, feiras, farmácias, padarias, açougues, vídeo locadoras …
Veja a cena abaixo e pense, quantas vezes nos deparamos com esta foto todos os dias em nossa vida!





Os plásticos tradicionais são materiais particularmente versáteis e resistentes.
Na verdade, sua robustez é uma das causas de seu imenso sucesso, em inúmeras aplicações, em nossa vida cotidiana.
Este produto pode ser um aliado ainda maior ao ganhar em seu processo de manufatura normal, os aditivos existentes que são utilizados, cuja atuação fragiliza as ligações entre os átomos e moléculas, tornando o produto sensível à luz solar, umidade, temperatura, stress do filme, além de torná-lo digerível por microrganismos, iniciando assim, o processo de degradação natural, encurtando consideravelmente seu ciclo de vida.
Enquanto uma sacola convencional demora centenas de anos para se decompor – até mais que 500 anos -, a sacola oxi-biodegradável desaparece em aproximadamente 18 meses, depois do descarte.
É significativamente importante que os produtos com tecnologia de oxi-biodegradação não necessitam de um ambiente biologicamente ativo para começar a degradar.
A degradação acontecerá mesmo que o plástico seja descartado indevidamente e abandonado ao ar livre.
O resultado deste trabalho já pode ser visualizado no segmento supermercadista com a adesão de diversas redes de supermercados – o primeiro no Brasil foi a rede de supermercados Cidade Canção, com utilização mensal de 2,5 milhões de sacolas – na utilização de suas sacolas de acondicionamento.
Nas cidades brasileiras, de aproximadamente trezentos e cinquenta mil habitantes, gera quase 1 quilo de lixo por dia por habitante. Lixo total por dia em média – 326,95 toneladas – 100%; Orgânico – 212,98 toneladas – 65%; Reciclável – 69,80 toneladas – 21,35%; Deste total, hoje em dia, é reciclado somente 3,490 toneladas – 5%.
Plásticos podem levar mais de 500 anos para se decompor no meio ambiente, dependendo de onde está acondicionado.





Aproximadamente 56% do lixo plástico é composto por embalagens usadas uma só vez.
¾ disto é proveniente do uso doméstico.
O mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões por ano.
É o resíduo que mais polui as cidades e campos. Prejudica a vida animal, entope a drenagem urbana e rios, contribuindo para inundações.
Produzimos e usamos atualmente 20 vezes mais plásticos que há 50 anos, pois praticamente em tudo é utilizado plástico.
Cada família brasileira descarta cerca de 40 quilos de plásticos por ano.
Mais de 80% de todos os plásticos são usados apenas uma vez e depois descartados.
Cerca de 90% das embalagens plásticas viram lixo até 6 meses após a compra.
A cada mês, mais de um bilhão de sacos plásticos são distribuídos pelos supermercados no Brasil.
Isto significa 33 milhões por dia e 12 bilhões por ano.
Ou 66 sacos plásticos para cada brasileiro por mês.
Em um segundo é fabricada a sacola plástica convencional, utilizamos por aproximadamente uma hora e deixamos um produto que ficará até 500 anos no meio ambiente, contaminando o planeta e matando animais.
Estudos informa que na Bahia , os supermercados distribuem mensalmente 1 bilhão e 200 milhões de sacolas plásticas por mês.





Veja acima onde as sacolas que são abandonadas nas ruas vão parar, no fundo de vale mais próximo.
Somente para comparação, podemos utilizar Maringá, onde são distribuidos 18 milhões de sacos plásticos somente pelos supermercados todo mês.
Isto significa 216 milhões por ano.
Ou ainda, 51 sacos plásticos para cada maringaense por mês – só estamos citando as sacolas de mercado. Some-se a isso, cachorro-quente, videolocadoras, padarias, farmácias, feiras livres, açougues etc.
15% dos resíduos da coleta seletiva no Brasil é composto por plásticos.
2.177.799 toneladas de resíduos plásticos pós consumo foram gerados no Brasil em 2004. deste total apenas 359.133 toneladas foram reciclados.
1.818.666 toneladas de resíduos plásticos pós consumo viraram lixo no Brasil em 2004. Foram parar nos lixões, nos aterros e no meio ambiente.
Somente 16,5% dos resíduos plásticos pós consumo são reciclados no brasil, ou seja, 83,5% destes resíduos não são reciclados.
Animais morrem sufocados ao ingerir embalagens plásticas ao confundi-las com alimento.
Plásticos contaminam os rios e mares, criando zonas mortas nos mares, matando animais, provocando enchentes e finalmente o efeito estufa – o material orgânico contido dentro das sacolas comuns quando usadas para lixo não tem oxigênio e as bactérias anaeróbicas formam metano, que é 21 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o CO2, que é desprendido quando se usa a sacola oxi-biodegradável.
89% das cidades brasileiras não possuem aterros sanitários adequados.
20.000 toneladas de lixo domiciliar não são coletadas no Brasil, dispersando-se nas ruas e assoreando os rios, levados pelo vento e pela chuva. Mais da metade das cidades brasileiras tem lixões a céu aberto.
Foi descoberta uma área do tamanho do Brasil no fundo do oceano pacífico, coalhada de lixo, principalmente plástico.
80% do um bilhão de sacolas de compras produzidas e distribuídas por mês, no Brasil, viram sacos para lixo doméstico. Podem ser vistos em todos os lugares ou estão dentro de outros sacos para lixo.
Embalagens plásticas quando não corretamente descartadas, coletadas e recicladas viram lixo.
Embalagens plásticas jogadas nas ruas, avenidas e córregos, entopem o sistema de drenagem pluvial das cidades, causando inundações.
Se você alinhar todos os copos plásticos descartáveis fabricados em apenas um dia, eles farão um circulo ao redor da terra.
A capacidade dos aterros sanitários e lixões ficam comprometidos pelo grande volume de plásticos. Os plásticos também causam a impermeabilização e instabilidade destas áreas. Formam bolsões de gases e na maioria das vezes retardam a degradação dos demais resíduos – um destes gases é o metano, 21 vezes mais nocivo ao ambiente do que o CO2.
Se todos os sacos plásticos fossem utilizados como na figura abaixo, estaríamos muito melhor.




As embalagens oxi-biodegradáveis
O projeto visa a substituição das sacolas plásticas convencionais, distribuídas principalmente por supermercados, por sacolas oxi-biodegradáveis.
Hoje já é realidade no mundo e também no Brasil o uso de embalagens plásticas com conceito de rápida e total degradação.
Estas embalagens depois de corretamente descartadas, serão rápida e naturalmente degradadas, resultando em apenas água, pequena quantidade de dióxido de carbono e biomassa.
A oxi-biodegradação destas embalagens não deixa nenhum tipo de resíduo nocivo ao meio ambiente.
Embalagens com este conceito são recicláveis por processos comuns, tais como: mecânica, energética ou química.
Embalagens com este conceito são aprovadas para contato com alimentos.
Mais de 90 empresas estão atualmente licenciadas pela para a fabricação de embalagens oxi-biodegradáveis, com diversas tecnologias.
Este é apenas um dos caminhos propostos pela BEM ME QUER ESPERANÇA para contribuir de forma segura, para a redução dos problemas ambientais causados pelas embalagens plásticas que não são recicladas ou reaproveitadas.
O ideal é não utilizar plástico de uso único, procurar sempre utilizar sacolas retornáveis que são muito mais ecológicas.
Participe deste projeto. A natureza agradece!

Aquecimento Global

Consumo de sacos plásticos



fotos: Mario Moscatelli
“O Brasil ignora os danos ambientais causados pelas sacolas plásticas e consome quantidades impressionantes anualmente.”

Por Marco Pozzana - Biólogo

Quando recuso as sacolas que me são oferecidas em supermercados para transportar minhas compras, percebo que algumas pessoas me olham com estranheza.

Isto porque a cultura do saco plástico está profundamente enraizada na sociedade brasileira. Mesmo sabendo que estes indesejáveis sacos de supermercado, drogarias e praticamente todo o comécio varejista causam enorme impacto no meio ambiente, o brasileiro segue consumindo números inaceitáveis deste utensílio.

A mania vem crescendo desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O fato é que o despejo indiscriminado de plásticos na natureza fez do consumidor um colaborador de uma terrível tragédia ambiental.

A grande maioria das sacolas plásticas disponíveis em supermercados brasileiros são feitas de resina sintética originadas do petróleo, não são biodegradáveis e podem levar centenas de anos para se decompor. Nos mares, além de enfeiar a paisagem, podem matar animais como tartarugas, que são vítimas frequentes pois confundem o material com as medusas, sua presa natural.


"As chuvas e esgotos levam as sacolas que não foram corretamente descartadas para o mar, provocando grande impacto no ambiente."

Um material assim, tão difícil de eliminar, é problema certo para o meio ambiente, uma vez que os custos para se reciclar essas sacolas superam os custos da produção. Se queimados, liberam dioxina, um supertóxico que provoca câncer e outras enfermidades.

Na Europa, de maneira geral, as pessoas tomam atitudes bem mais corretas. Na Itália, Alemanha, França e outros países, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não leva sua própria sacola para carregar as compras é obrigado a comprar na loja. O preço é salgado...

Meio Ambiente

A farra perigosa dos sacos plásticos
Os estragos causados pelo derrame deplásticos tornaram o consumidor um colaboradorde um desastre ambiental de grandes proporções.

André Trigueiro

Os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalamem saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foiincorporado na nossa rotina como algo normal,como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico.

Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa: a caixinha com as lâminas cabiaperfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa desta forma prática. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinhanum saco onde caberiam seguramente outras vinte. Pelas razões que explicarei abaixo,recusei gentilmente a embalagem.

Os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornaram oconsumidor um colaborador passivo de um desastreambiental de grandes proporções. Feitosde resinas sintéticas originadas do petróleo,esses sacos não são biodegradáveis e levamséculos para se decompor na natureza.

Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisãoquanto tempo levam para desaparecerno meio natural. No caso das sacolas de supermercado,a matéria-prima é o plástico filme,produzido a partir de uma resina chamadapolietileno de baixa densidade (PEBD).

No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, impedem a passagem da água, retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis, e dificultam a compactação dos detritos. Quando seguem pelos rios e chegam ao mar provocam a morte de inúmeros peixes e tartarugas,que os confundem com algas.

Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania (cada um levando sua própria sacola). Quem não anda com sua sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos nos supermercados(o equivalente a R$ 0,60 cada).

Na Europa, a guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi aprovadauma lei que obriga os produtores e distribuidoresde embalagens a aceitar de volta e a reciclarseus produtos após o uso. E o que fizeram osempresários? Repassaram imediatamente oscustos para o consumidor. Além de antiecológico,ficou bem mais caro usar sacos plásticos naAlemanha. Na Irlanda, desde 1997 paga-se umimposto de nove centavos de libra irlandesa porcada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicaro número de irlandeses indo às comprascom suas próprias sacolas.

Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP lançou uma campanha original e ecológica: todas as lojas terão seus produtos embalados em sacos plásticos 100% biodegradáveis. Até dezembro deste ano, pelomenos 2/3 de todos os saquinhos usados narede serão feitos de um material que, segundotestes em laboratório, se decompõe 18 mesesdepois de descartado. Com um detalhe interessante:se por acaso não houver contato coma água, o "plástico degradável" se dissolve assimmesmo, porque serve de alimento paramicroorganismos encontrados na natureza.

Não há desculpas para não estarmos igualmente preocupados com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos. O Brasil tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta(como em tudo, pouco usada e respeitada),mas ainda não acordou para o problema dodescarte de embalagens em geral, e dos sacosplásticos em particular.

A única iniciativa de regulamentar o que acontece de forma aleatória e caótica foi rechaçadapelo Congresso na legislatura passada.O então deputado Emerson Kapaz foi orelator da comissão criada para elaborar a"Política Nacional de Resíduos Sólidos". Entreoutros objetivos, o projeto apresentavapropostas para a destinação inteligente dosresíduos, a redução do volume de lixo no país,e definia regras para que produtores e comerciantesassumissem responsabilidades emrelação aos resíduos que descartam na natureza,assumindo o ônus pela coleta e processamentodesses resíduos.

O projeto não chegou a ser votado. Mais uma omissão dos nossos parlamentares que não pode ser atribuída ao mero esquecimento: há um lobby poderoso no Congresso para esvaziar propostas que atingem setores da indústria e do comércio. É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos. É necessário pressionar os congressistas para que votem esta matéria. Enviar e-mails aos deputados é uma forma de ajudar.


André Trigueiro é jornalista e pós-graduado em meio ambiente.