sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Aquecimento Global

Consumo de sacos plásticos



fotos: Mario Moscatelli
“O Brasil ignora os danos ambientais causados pelas sacolas plásticas e consome quantidades impressionantes anualmente.”

Por Marco Pozzana - Biólogo

Quando recuso as sacolas que me são oferecidas em supermercados para transportar minhas compras, percebo que algumas pessoas me olham com estranheza.

Isto porque a cultura do saco plástico está profundamente enraizada na sociedade brasileira. Mesmo sabendo que estes indesejáveis sacos de supermercado, drogarias e praticamente todo o comécio varejista causam enorme impacto no meio ambiente, o brasileiro segue consumindo números inaceitáveis deste utensílio.

A mania vem crescendo desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O fato é que o despejo indiscriminado de plásticos na natureza fez do consumidor um colaborador de uma terrível tragédia ambiental.

A grande maioria das sacolas plásticas disponíveis em supermercados brasileiros são feitas de resina sintética originadas do petróleo, não são biodegradáveis e podem levar centenas de anos para se decompor. Nos mares, além de enfeiar a paisagem, podem matar animais como tartarugas, que são vítimas frequentes pois confundem o material com as medusas, sua presa natural.


"As chuvas e esgotos levam as sacolas que não foram corretamente descartadas para o mar, provocando grande impacto no ambiente."

Um material assim, tão difícil de eliminar, é problema certo para o meio ambiente, uma vez que os custos para se reciclar essas sacolas superam os custos da produção. Se queimados, liberam dioxina, um supertóxico que provoca câncer e outras enfermidades.

Na Europa, de maneira geral, as pessoas tomam atitudes bem mais corretas. Na Itália, Alemanha, França e outros países, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não leva sua própria sacola para carregar as compras é obrigado a comprar na loja. O preço é salgado...

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