segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Planejamento do que queremos fazer

Ano novo; vida nova!


Nesta altura do ano, é sempre interessante fazer um balanço do que fizemos e um planejamento do que queremos fazer. Neste sentido, sugiro-lhe que leia esta teoria que lhe apresento.
Há quem defenda que, o nosso cérebro é programável e que este processo se inicia desde que nascemos; com aquilo que captamos à nossa volta. Assim, podemos alterar os nossos comportamentos ao longo de toda a vida, sendo que para isso é preciso entender como funcionamos em termos mentais. Mediante a cultura e a educação de cada pessoa, assim funcionará o seu pensamento; o que se constitui em regra com o “certo”, o “errado” e com a “censura” que nos coloca numa situação de impasse; de dúvida e de reflexão e que, acima de tudo é uma oportunidade para mudar.
Neste contexto, para que alteremos algo na nossa conduta, é preciso que tomemos consciência do que fazemos e da necessidade de mudar algo. Veja este exemplo, se tem o vício do tabaco, certamente que tem associado o café, os horários em que o bebe e as pessoas com quem se junta para esse acto. Para alterar o vício do tabaco, terá de controlar o do café e alterar as rotinas instaladas em seu redor.
O mesmo acontece com a flexibilidade de que necessitamos para mudar algo na nossa vida: acreditar que é possível fazer diferente, criar alternativas a algo de que não gostamos e que não nos faz bem e concentrarmo-nos em novas metas. Uma boa solução é fazer uma lista daquilo que quer alterar na sua vida e um esquema de como o poderá fazer sem esforço e com alternativas.
Se deixa de tomar café, pode beber chá por ser mais saudável, pode planear outra actividade nesse horário, encontrar outras pessoas que não estão ligadas ao vício anterior e daí por diante.
É importante perceber que, na maioria das vezes, as nossas atitudes não mais são do que uma imitação de algo ou de outras pessoas, o que nos reserva pouco tempo para pensarmos naquilo de que realmente gostamos, fazemos e queremos, já que instituímos hábitos sem pensar.
Por isso, um desafio para 2010 é que tente fazer o que lhe dá prazer, o que sente necessidade, mesmo que isso passe por mudar a linha da sua vida; o sentido do trânsito que parece levá-lo para o mesmo local, as pessoas de que depende, os vícios que o corrompem e as opiniões fechadas que o colocam no fanatismo e na pobreza intelectual. Comece o ano com objectivos pessoais, com energia para lutar e com metas para atingir, nem que isso passe por se desligar do mundo de vez em quando e que se concentre nas suas sensações.
Olhar para si, é sempre o primeiro grande passo. O que está a fazer, o que gostaria de ter ou de sentir, são requisitos essenciais para o bem-estar, tal como o não fazer só para agradar alguém, mas sim tirando partido das suas escolhas com os outros. Depois, despreocupar-se com o que não lhe diz respeito é outra tarefa importante para que se possa concentrar nas suas ideias. Ser capaz de contrariar o que parece instituído, é um acto de coragem que precisa de ser validado com requinte, tal como a capacidade de se encontrar no seu mundo interior, é uma tarefa deslumbrante e que vale a pena.
Acredite vivamente que, apesar de estar ligado a um grupo de referência, na realidade você está sozinho dentro de si mesmo na dor, nas sensações e nos pensamentos, pelo que terá de saber lidar consigo e com os seus afectos e fragilidades, depois vem a satisfação através dos outros que nos acrescentam e melhoram a existência, mas das quais não dependemos em absoluto.
Muitas vezes sofremos à espera da compreensão do outro quando não sabemos decifrar o que sentimos… por isso andamos à deriva, a cobrar a atenção e a esquecermo-nos de que os outros só nos ajudam se soubermos aquilo de que necessitamos, o que passa por simples alterações comportamentais que podem fazer uma grande diferença no nosso equilíbrio.
Lembre-se de que, o que faz os outros muito felizes, geralmente não se adequa a si!
Se pensar nisto, certamente que terá um ano cheio de sensações; de boas ideias, de uma maior capacidade de se aceitar e de encarar os outros com as suas diferenças, afinal grande parte das nossas actuações são uma influência do grupo e não o que realmente sentimos, a começar pelas escolhas emocionais que parecem ter de ser do agrado dos nossos amigos e conhecidos, mas que para nós não representam esse significado!
Ganhe coragem para ser igual a si mesmo, para desafiar os seus limites e para contrariar o que lhe parece uma condenação e que não mais é do que um acto de conformismo. Saber lidar com a informação é outro desafio para um novo ano: aceitar o que lhe faz bem e rejeitar tudo o que compromete a sua liberdade de escolha e de actuação
Se acredita numa proposta, siga-a mesmo em tempo de crise e de desemprego, pois quem sabe se faz a diferença! Muito mais do que corresponder ás expectativas dos outros sobre si, é validar o seu direito de arriscar aquilo em que acredita!
Já agora, um bom ano e boas conquistas!
Elsa Tavares

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