Freqüentemente, pessoas que estão tentando emagrecer recorrem aos inibidores de apetites. A promessa é que você não sentirá mais fome, diminuirá a ingestão de alimento e com isso, irá perder os quilos indesejáveis. No entanto, a matemática que leva a esse resultado é um tanto quanto mais complexa.
Conversamos com o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), para responder a uma série de dúvidas recorrentes: vale a pena tomar inibidores de apetite? Eles fazem mal à saúde? Existem fórmulas naturais? Confira:
1. Existem inibidores naturais?
Dr. Márcio - Não. Existem remédios para a obesidade que podem diminuir a fome ou aumentar a saciedade, a exemplo da Anfepramona, Mazidol e Femproporex. Nenhuma delas natural.
(O especialista cita um levantamento feito na década de 1990, onde 50% dos remédios ditos naturais para inibir o apetite que foram avaliados tinham diversas substâncias como calmantes e até hormônios)
2. Para quem eles são indicados?
Dr. Márcio - Para pessoas acima do peso, que comem demais durante as refeições. Quem quer perder três ou cinco quilos não deve recorrer a esse medicamento, assim como pessoas que comem por ansiedade. Em quem tem esse tipo de distúrbio, os inibidores podem aumentar a fome, já que a compulsão vem da restrição.
3. E quanto às fórmulas manipuladas que misturam antidepressivos e outras substâncias?
Dr. Márcio - Estão absolutamente vetadas. Elas podem provocar diversos efeitos colaterais como depressão, insônia e euforia, e o paciente sequer saberá o que está causando o mal-estar.
Acesse o site http://www.abeso.org.br/marciomancini/ e leia mais reportagens sobre peso e saúde.
*Foto: Getty Images
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