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Comer demais faz mal. Aprenda a evitar os exageros na alimentação
Por Maria Fernanda Schardong 18/06/2010
O feijão com arroz é um dos pratos prediletos do brasileiro. Mas nem sempre é a melhor opção, principalmente depois dos 50. Com o passar do tempo, a alimentação deve ser cada vez mais equilibrada, embora muita gente passe da conta na hora de se alimentar. Alimentos que forneçam energia, que ajudem na manutenção e mantenham o funcionamento do corpo devem estar presentes à mesa com regularidade. Vive mais quem se exercita mais, cuida da mente e, claro, se alimenta de forma correta e come apenas o que é necessário
Segundo a nutricionista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Nara Horst, depois dos 50 anos, quanto mais variada for a alimentação, melhor, mas sem exageros. “Se o indivíduo não apresenta nenhuma comorbidade (hipertensão, diabetes, colesterol alto) recomenda-se uma dieta bem variada. E o mais importante é ressaltar que a alimentação seja bem dividida, em torno de cinco a seis refeições por dia, já que, nessa fase, o processo de digestão se torna mais lento”, explica ela
O cardápio ideal na maturidade não é muito diferente do de outras faixas etárias. Porém, alguns grupos de alimentos são obrigatórios nessa fase. É o caso das fibras e líquidos, do cálcio, ferro, vitaminas e minerais. “Embora poucos saibam, a anemia é bastante comum entre os idosos devido à diminuição da produção de células vermelhas nesta fase da vida. E a carne vermelha é uma das principais fontes de ferro. Alguns estudos demonstram também a deficiência de vitamina C, zinco e ácido fólico. Por isso, ingerir frutas cítricas, como o limão, a tangerina e a laranja ajuda a repor essas vitaminas e sais minerais”, aconselha a nutricionista
Montar um prato diversificado e, ao mesmo tempo, saudável, pode parecer simples, mas não é. Segundo a nutricionista Vanderlí Marchiori, a combinação entre alimentos energéticos, construtores e reguladores é sempre a ideal. “Os energéticos são o combustível para o corpo e podem ser encontrado em cereais (arroz, pão, milho), na gordura (azeite, óleo) e no açúcar; já os construtores são responsáveis pela manutenção do corpo, presentes em folhas verde-escuras (rúcula, couve, agrião) e nas carnes vermelhas sem gordura e por fim, os reguladores, que são responsáveis pelo funcionamento do corpo, além de aumentar a resistência às infecções, proteger a pele, a visão e os dentes. E podem ser encontrados nas frutas, verduras, legumes e cereais integrais”, recomenda ela.
Embora uma alimentação saudável seja sempre a melhor alternativa, vale ressaltar que nenhum alimento pode prevenir ou causar doenças. Mas quanto mais rica e variada forem as refeições, menores são os riscos à saúde. “É importante deixar claro também que nunca é tarde pra começar a se alimentar adequadamente. Já ouvi várias vezes idosos falando que agora não é hora de mudanças. Que nada, nunca é tarde pra mudanças. E aliado à boa alimentação deve estar a prática de exercícios físicos. De nada adianta uma pessoa se alimentar bem e não ter o hábito de exercitar-se”, adverte Horst.
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