quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hábitos simples para controlar o colesterol

Receita do cardiologista

Por Andrea Guedes
Seu médico solicitou um exame e descobriu que seu colesterol está mais alto do que deveria? O problema é sério, requer atenção, mas é possível passar por ele sem muitos traumas. Desde que haja vontade, boa dose de disciplina e acompanhamento médico.

Retornar aos índices aceitáveis vai exigir um rigoroso controle da alimentação, exames periódicos e, dependendo do caso, pode ser necessário recorrer também a medicamentos. "O tratamento em si não é complicado. O difícil é fazer o paciente compreender que é preciso mudar todo o estilo de vida. Pois ou ele muda ou corre sérios riscos de ter um problema irreversível", alerta o médico especialista em cardiologia Miguel de Freitas, que atende pacientes no Rio de Janeiro.

Por que os índices de colesterol assustam tanto? O colesterol é a gordura presente no sangue e é muito importante para o funcionamento do organismo. Existem, no entanto, o colesterol bom e o ruim. Respectivamente o HDL e o LDL. Cerca de 70% do colesterol presente em nosso corpo é produzido pelo fígado e encontra-se em sua maioria na búlis.

O HDL é de alta densidade, enquanto o LDL possui densidade baixa. É aí que está a diferença: o colesterol bom não é absorvido pelas células, e ainda ajuda a retirar o excesso do mesmo. Já o LDL surte o efeito inverso, sendo extremamente perigoso.

Entre as causas do descompasso estão a predisposição hereditária para o colesterol alto, a obesidade, o sedentarismo, uma alimentação rica em gorduras saturadas e pobre em gorduras poliinsaturadas (óleos vegetais) e fibras. A baixa concentração de hormônios tireóides e a diabetes não controlada também contribuem para o problema.

Os conselhos, portanto, vão na linha inversa. "Prefira sempre as carnes brancas às vermelhas, não economize em frutas, verduras e legumes, evite o cigarro e as bebidas alcóolicas. E, por fim, mantenha o peso ideal e faça exercícios físicos", recomenda o cardiologista, que reforça a necessidade de uma avaliação mais precisa e cuidadosa de cada caso. "Isso, só um médico pode fazer", conclui.

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