Dez coisas que eles precisam saber para manter a saúde
da redação
Os homens também passam por mudanças depois dos 50 anos. Os hormônios também começam a dar sinais de queda. E, a partir daí, eles devem ter atenção redobrada para fugir e amenizar as consequências ocasionadas pela baixa nos hormônios.
Conhecer os sintomas, diagnosticar o problema, opções de tratamento, entre outras questões você confere abaixo, a partir das dúvidas que o Maisde50 relacionou. O endocrinologista Mário D’Amico esclarece as principais dúvidas e que fazem os homens perderem o sono.
O que muda para os homens depois dos 50 anos?
Eles passam por uma versão masculina da menopausa, e ocorre devido à diminuição do tamanho dos testículos e consequente queda da produção da testosterona (hormônio sexual masculino).
Quais são os sintomas?
Os sintomas são progressivos e vão depender do ritmo individual. Podem ocorrer impotência sexual, ejaculação precoce, perda da memória, queda da libido, nervosismo, insônia, perda de cabelo, diminuição da massa muscular, alterações no humor, doenças cardiovasculares e osteoporose. Nota-se também fadiga crônica, irritabilidade e baixa de autoestima, principalmente, devido aos sintomas relacionados à sexualidade.
Todos os homens passam por esse processo?
Não. Apesar das mudanças físicas e psicológicas devido à queda hormonal, nem todos apresentam os sintomas característicos. Isso só acontece com aqueles que têm uma diminuição mais expressiva dos níveis hormonais e, ainda assim, as manifestações são mais discretas e menos aparentes do que nas mulheres durante a menopausa.
Como diagnosticar o problema?
Além do quadro clínico, o diagnóstico se confirma através de alguns exames como teste de sangue (que mede a quantidade de testosterona), espermograma (que quantifica a produção de espermatozóides), densitometria (verificação da osteoporose), exame do toque e ecografia da próstata e abdome.
Fatores externos podem tornar o surgimento desses sintomas mais precoce?
Sim. Tabagismo, alcoolismo e maus hábitos alimentares são alguns desses fatores.
Existem tratamentos?
Assim como na menopausa, não há tratamento específico, mas existe uma forma de compensar a falta de testosterona através de reposição hormonal, com acompanhamento médico. A reposição hormonal pode ser feita através de comprimidos por via oral, adesivos para a pele, e injeção intramuscular. É bom lembrar que cada caso requer uma conduta individualizada.
Os 50 anos são de fato um marco?
Dados da literatura mundial mostram que os níveis hormonais têm baixa significativa a partir dos 45/50 anos de idade, sem que existam queixas clínicas correlacionadas. Mas isso vai depender de cada indivíduo.
Quais os cuidados que o homem deve adotar nesta fase da vida?
Evitar o sobrepeso, a obesidade e o sedentarismo, pois essas são as condições de partida para o armazenamento da gordura concentrada na cavidade abdominal, e esta gordura armazenada pode causar uma baixa da testosterona, além de liberar substâncias que têm poder irritativo e inflamatório nas paredes arteriais.
É preciso algum cuidado especial com a alimentação?
Sim. A dieta deve ser composta de alimentos com maior teor de sais e vitaminas (legumes, verduras e frutas), e deve haver diminuição da gordura e do açúcar.
A reposição hormonal tem efeitos colaterais?
Existem efeitos colaterais da reposição androgênica, que vai desde ao aumento de oleosidade da pele, acne, edemas por retenção hídrica, aumento na agressividade e piora em doenças prostáticas, ginecomastia, aumento das mamas e apneia do sono, entre outros. O tratamento, no entanto, com acompanhamento médico, melhora a qualidade de vida, com noção preventiva e danos mínimos.
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